sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Osteomielite

Osteomielite é, em princípio, inflamação óssea, usualmente causada por infecção, bacteriana ou fúngica, que pode permanecer localizada ou difundir-se, comprometendomedula, parte cortical, parte esponjosa e periósteo.
Conquanto usualmente refira-se osteomielite no âmbito do ser humano, pode ela ocorrer em princípio em qualquer ser vivo animal vertebrado.

Sintomas

A febre, um sinal freqüente de infecção, está freqüentemente ausente. As infecções ósseas provocadas por infecções nos tecidos moles adjacentes ou por invasão direta causam dor e inchaço na zona localizada por cima do osso; podem formar-se abcessos nos tecidos circundantes. Estas infecções podem não provocar febre. Os resultados das análises de sangue podem ser normais. É habitual que o doente que apresenta uma infecção numa articulação ou num membro artificial sofra uma dor persistente nessa zona. Se uma infecção óssea não for tratada de maneira eficaz, pode produzir-se uma osteomielite crônica. Por vezes, este tipo de infecção passa despercebida durante muito tempo, já que pode não produzir sintomas durante meses ou anos. É freqüente que a osteomielite crônica cause dor no osso, produzindo infecções nos tecidos moles que estão sobre o mesmo e uma supuração constante ou intermitente através da pele.

Tratamento

Nas crianças ou adultos com infecções ósseas recentes a partir da circulação sanguínea, os antibióticos são o tratamento mais eficaz. No princípio os antibióticos podem ser administrados por via endovenosa e mais tarde por via oral, durante um período de 4 a 6 semanas, dependendo da gravidade da infecção. Algumas pessoas necessitam de meses de tratamento. Em geral não está indicada a cirurgia se a infecção for detectada na sua fase inicial, embora, por vezes, os abcessos sejam drenados cirurgicamente. Para os adultos que sofrem de infecções nas vértebras, o tratamento habitual consiste na administração de antibióticos adequados durante 6 a 8 semanas, por vezes em repouso absoluto. O tratamento é mais complexo quando a infecção óssea é conseqüência de uma infecção dos tecidos moles adjacentes. Em geral, uma articulação artificial infectada deve ser extraída e substituída por outra. Os antibióticos podem ser administrados várias semanas antes da intervenção cirúrgica, de modo a poder extrair-se a articulação artificial infectada e implantar simultaneamente a nova. O tratamento só é eficaz em alguns casos e pode ser necessário recorrer-se a uma nova intervenção cirúrgica, quer para fundir os ossos da articulação, quer para amputar o membro.

A Doença de Paget

A doença de Paget é uma doença do osso, sendo um distúrbio benigno, sistêmico, que altera a velocidade do metabolismo ósseo. A velocidade da reabsorção e construção ósseas (e.g., ações osteolíticas e osteoblásticas) estão aumentadas causando a destruição progressiva de ossos do organismo, e posterior reconstrução de um osso desorganizado.
Não há causas conhecidas da doença de Paget, embora fatores hereditários e ambientais sejam implicados como facilitadores da doença.

Sintomas

Na grande parte dos casos, esta doença é assintomática, ou seja, não gera sintomas, e costuma ser diagnosticada através de uma radiografia óssea feita por outro motivo qualquer (e.g., Rx de tórax de rotina,etc...). No entanto, em alguns casos podem haver sintomas, sendo os principais dor óssea e tumorações ósseas nos sítios de doença, perda auditiva (por alterações dos ossos do ouvido), fraturas e suas complicações. Mais raramente, quando grandes ossos (e.g., a tíbia ou fêmur), são atingidos, dor ao carregar peso pode surgir. A dor da doença de Paget é contínua, não melhorando com repouso, e por vezes, piora à noite.

Tratamento

O tratamento somente está indicado em pacientes com dor óssea, ou naqueles com acometimento de regiões de perigo (como a coluna vertebral, ou a articulação da perna por exemplo). O tratamento mais comum é feito com uso de bifosfonatos (alendronato), por 06 meses. Estas drogas normalmente não são empregadas em indivíduos com perda da função renal (Clcr<35ml/min), ou naqueles com história de esofagite ou problemas dispépticos.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

As doenças ósseas

Nas próximas postagens estaremos abordando as doenças que atacam os ossos(Doença de Paget, Osteomielite e Osteoporose).

sábado, 29 de setembro de 2007

Vértebra cévical

No corpo humano existem sete vértebras cervicais que acompanham a medula espinhal ao longo do pescoço. A principal característica dessas vértebras é o forame transverso, pelo qual a artéria vertebral passa - exceto na C7, que pode ou não possuir o forame (e, mesmo se o possuir, através dele passam somente veias acessórias). O forame transverso localiza-se no processo transverso.
Além disso, essas vértebras normalmente possuem o corpo vertebral retangular e relativamente pequeno, pois não precisam sustentar tanto peso quanto as vértebras inferiores. De C2 a C6, há possibilidade dos processos espinhosos serem bífidos. Os
forames vertebrais são triangulares e relativamente grandes.
As duas primeiras vértebras cervicais,
atlas e áxis, são atípicas, e a última cervical (C7) é chamada de vértebra proeminente, visto que é facilmente visível na superfície da nuca.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Introdução

Sistema locomotor é o conjunto de estruturas orgânicas responsável pelo movimento, locomoção, deslocamento dos seres vivos. Para os humanos compreende o conjunto de ossos, músculos, elementos das articulações (ligamentos, cápsulas articulares, líquido sinovial), que em grupo ou individualmente produzem movimento.

Os Músculos















Vejam a imagem. Nela podemos ver todos os principais músculos do corpo humano. Os movimentos do corpo são de responsabilidade deles. São constituídos por tecido muscular, que pode ser de três tipos: liso, estriado esquelético e estriado cardíaco.



Músculo liso





Coloração esbranquiçada, também chamados de músculos viscerais que entram na constituição dos órgãos profundos, ou vísceras, para assegurar-lhes determinados movimentos (contrações). Estes músculos têm estrutura "lisa" e funcionam independentemente da nossa vontade. A maneira com que se dispõe de suas fibras é bem diferente da musculatura estriada. São involuntários e, em geral são longos e lentos. Os músculos lisos não apresentam estrias. Suas células têm o formato de fuso e constituem parede de órgãos internos, como o estômago, o intestino, etc. Como exemplo, podemos citar os movimentos do tubo digestivo - movimentos peristálticos - e o aumento e a diminuição da pupila. E são esse movimentos que auxiliam na digestão, em se tratando do sistema digestivo.



Músculo estriado esquelético






Os músculos esqueléticos possuem uma coloração mais avermelhada. São também chamados de músculos estriados, já que apresentam estriações em suas fibras (fibrocélulas estriadas). São os responsáveis pelos movimentos voluntários; estes músculos se inserem sobre os ossos e sobre as cartilagens e contribuem, com a pele e o esqueleto, para formar o invólucro exterior do corpo.
Os músculos esqueléticos se contraem antagonicamente: quando um se contrai, o seu oposto relaxa, resultando nos movimentos. Os músculos se prendem aos ossos por meio de tendões.




Músculo estriado cardíaco




É o mais nobre de todos os músculos, se analisado histologicamente tem característica de músculo esquelético, mas funcionalmente tem característica de músculo liso assim como o esquelético, apresenta fibrocélulas bastante compridas. É também chamado de miocárdio, é o que constitui a parede do coração. Apesar de ser estriado,possui movimentos involuntários. Este músculo se contrai e relaxa sem parar. Entretanto, elas são mononucleadas ou binucleadas, com núcleos localizados mais para o centro da célula. Também possuem discos intercalares, que são linhas de junção entre uma célula e outra, que aparecem mais coradas que as estrias transversais. No tecido cardíaco, têm bastante importância as fibras de Punkinje, células responsáveis pela distribuição do impulso elétrico que gera a contração muscular às diversas fibrocélulas cardíacas.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

O Esqueleto Humano



O esqueleto tem como finalidade primária sustentar o organismo. O sistema locomotor é constituído por músculos e ossos, e é ele o responsável pela execução da locomoção. Os ossos são classificados de acordo com as suas dimensões, são irregulares, chatos e longos, no corpo humano há mais de 200 ossos (206, para ser mais exato).
Através de juntas ou articulações os ossos ligam-se uns aos outros. Além de prenderem os ossos uns aos outros, as articulações permitem os movimentos do corpo.
Juntamente com os ossos, as cartilagens formam o esqueleto. As superfícies dos ossos, na região em que eles se articulam, devem ser lisas, para impedir maior desgaste, e por isso são revestidas por cartilagem.
O esqueleto humano é dividido em apendicular, zonal e axial. O zonal inclui a cintura escapular (ombros) e pélvica (quadris); o axial compreende o crânio, a coluna vertebral, as costelas e o externo; o apendicular inclui os membros superiores e inferiores.
Para vocês saberem melhor a localização dos ossos, vejam a imagem.
Função geral dos ossos:
  • sustentação do corpo
  • locomoção
  • proteção dos órgãos vitais como o coração, pulmão e encéfalo
  • produção de células sanguíneas
  • reserva de cálcio